terça-feira, 18 de março de 2008

"how important it is in life not necessarily to be strong... but to feel strong. "

Torre degli Asinelli, Bolonha, Itália (Agosto, 2007)


Ao encarar esta imagem pelo ângulo em que foi tirada, facilmente se percepciona um espaço propenso a dolorosas quedas, um buraco oco e perigoso. No entanto, considerando as pessoas que sobem a interminável escadaria, pode-se encarar como uma subida, e não uma descida.

Tudo reside no ponto de vista adoptado, na forma como se encara e percepciona o que os olhos vêm. Tanto pode ser um vazio assustador, que provavelmente vai causar MUITOS danos, como uma subida a desvendar, algo novo, uma oportunidade. Só uma coisa é certa, há sempre uma janela com luz a (re) estabelecer algum equilíbrio…



domingo, 16 de março de 2008

Mercado de Cores e Cheiros

Bazaar Egípcio, Istambul (Agosto, 2002)


A Turquia é sem dúvida um mundo diferente, com costumes, cultura e arquitectura diversas daquelas a que estamos habituados. Contudo, à parte das mesquitas, das horas sagradas de adoração, das vestes e costumes singulares, o momento em que se sente mais o peso de todas as diferenças entre a Europa e um mundo marcadamente árabe, é quando nos atrevemos a transpor a porta de entrada de qualquer bazaar (os locais mercados) turco. É uma experiência única, que reflecte no seu todo as especificidades duma cultura tão própria.

Se é verdade que, num primeiro impacto, nos sentimos reticentes, assustados com os milhares de pessoas, o bafo quente, que reflecte fraca higiene!, e os gritos que ecoam nos arcos, típicos dos recintos destes bazaars, após alguns, amedrontados, passos, somo invadidos por uma atmosfera desarmante.


No caso específico deste bazaar, conhecido como o Spice Bazaar, os cheiros intensos das milhares de especiarias, chás e temperos transportam-nos para um mundo de experiências sensoriais até então desconhecidas. Não é apenas o olfacto a ser estimulado, as cores garridas de todos os pozinhos fazem os olhos sonhar, cada passo, olhar, ou cheiro, é recheado de uma pitada de novidade. Caso a ideia não seja comprar nada, aconselho a nem sequer parar, pois uma breve passagem pelos inúmeros corredores é suficientemente única. Mas, para os mais ousados, que se sintam com coragem para enfrentar o interminável recital de pedidos, explicações e imposições típicas de qualquer comerciante turco, garanto que o sabor, o cheiro, e as pequenas experiências, inocentemente guardados em pequenos saquinhos de plástico, e que, deste modo, se poderão desfrutar no regresso a casa, será um momento mais que compensatório!