ter atingindo um patamar de realização dos direitos e igualdade dos outros, que me questiono se mesmo actualmente já terá atingido.
Daí, mais uma vez, surgirem fotografias deste local. Muitos são os países, por toda a Europa, que guardam bem presentes as lembranças desse período tão distante mas, ao mesmo tempo, demasiado recente, e eu tive a sorte de visitar dois dos principais na mesma viagem. Por mais que tente é impossível encontrar imagens que retratem a dor que se sente ao entrar em Auschwitz, a vergonha simplesmente de ser da espécie Humana. Porque no fundo não interessa muito o povo que sofreu, e a nacionalidade dos agressores (até porque, embora apontemos sempre
o dedo aos Alemães, convém não esquecer que Hitler nem sequer era de nacionalidade Alemã), penso que o realmente importante é relembrar os actos selvagens que Homens cometeram contra seres da sua espécie. Cada passo dado nos corredores de Auschwitz entristecem-nos um pouco mais, a cada segundo que passa o peso da realidade ali resguardada da vida simples que actualmente levamos, pesa em toda a sua inevitabilidade. Encontramos fotografias de tantos daqueles que ali morreram, e assusta fazer as contas da idade que tinham e o tempo que resistiram. São salas infindáveis de pertences roubados, malas feitas na ilusão de uma solução, e não do fim... E é quando num vídeo aparece um dos sobreviventes libertados em Janeiro de 1945, um senhor pequeno e esquelético, com aparentes 70 anos, e este, de sorriso genuíno no rosto, diz ter 41, que toda a ficção e romance amento do que foi o Holocausto, cai por terra, as lágrimas cai, e aquela imagem, o sorriso dum homem tão frágil, jamais nos abandona...
1 comentário:
viajada e com boa escrita.
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