segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

O Contraste Alemão

Reichstag, Berlim (Agosto, 2005)


O edifício do Reichstag deve o seu nome à denominação do parlamento do Império Alemão que, originalmente no século IXX, aí se reunia.

Embora não tenha sido usado pelo Terceiro Reich como sede do parlamento, representando um símbolo do orgulho Alemão, acabou por ser um dos principais alvos de ataque do Exército Vermelho no final da 2ª Guerra Mundial, ficando praticamente destruído. Durante a Guerra Fria o edifício ficou na Alemanha Ocidental, deixando de ser usado, uma vez que Bona foi proclamada capital desse estado. No entanto acabou por ser decidido que o Reichstag deveria ser restaurado, principalmente a magnifica Cúpula que havia sido totalmente destruída. Esta reconstrução, levada a cabo por Paul Baumgarten contribuiu para toda a magia do edifício, residindo a sua imponência no contraste entre o clássico da fachada e o estilo inovador da Cúpula. Aliás, este contraste entre o moderno e o clássico está patente em quase todas as atracções de Berlim, instituindo à cidade uma singularidade magnífica. Contudo, não conseguimos ficar indiferentes à ironia provinda do facto de tal singularidade resultar dos horrores duma Guerra, orientada pelos próprios Alemães, que, ao ter destruído praticamente na totalidade o Clássico da cidade, impôs uma reconstrução repleta de modernismos e contrastes, que acabam por funcionar numa harmonia única.

Em Outubro de 1990 realizou-se aqui a marca oficial da reunificação da Alemanha, razão suficiente para este edifício constituir, ainda hoje, um dos símbolos da capital.


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